sábado, 20 de janeiro de 2018

Contemplando flores que morrem no vazio


Contemplando flores que morrem no vazio
(Marcos Martins)


às vezes é só um murro bem dado, desses que faz a gente sentir o gosto de zinco escorrer pela garganta e se alojar em algum canto do estômago que se tem vontade de dar;

às vezes é só vontade de matar, tendo como premissa um bem maior ou a voz divina ecoando em nossa cabeça dizendo que fomos escolhidos para varrer da face da Terra todo o mal que nela há – mas esquecendo o que nos habita;

ás vezes é apenas erro gramatical;

às vezes é a possibilidade do poder que nos motiva a ser;

às vezes, são palavras postas em linha reta, numa crescente suicida, até caírem no firmamento e serem esquecidas feito o jornal de ontem – quem se importa com o jornal de ontem?

às vezes é apenas medo;
às vezes é medo mesmo;
às vezes é só maldade;

ás vezes, sempre esse "ás vezes" a impossibilitar que o rumo das coisas façam verdadeiramente algum sentido;

às vezes, queria poder dizer com certeza que todos os meus passos fizeram e ainda fazem sentido;

às vezes, são apenas divagações nascidas embaixo de uma árvore que não dá frutos... às vezes... é... às vezes... é apenas poesia que não se explica, apenas isso. 

Fora do Paraíso

Conheça o universo do livro Fora do Paraíso, uma ficção científica recheada de muitos mistérios, aventuras e uma conspiração a ponto de fazer o leitor começar a questionar a realidade.
Apos ler Fora do Paraíso, você vai começar a pensar: - Até que ponto a membrana do real nos separa daquilo que achamos ser verdade.




sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Pronto para a verdade?




Acabou de sair do forno, pelo Clube de Autores, meu mais novo livro: Fora do Paraíso. Dá um ciberpulo lá e desvende junto com Lázaro o maior segredo de todos os tempos.
As 15 primeiras páginas do livro estão disponíveis para você ler de graça. 

sábado, 22 de abril de 2017

Meu conto já está na Amazon!

Bom dia, boa tarde ou boa noite! Neste feriadão nada como ler uma boa história e já dou a dica, leiam meu conto que acabou de sair do forno da amazon.com.br .Encontrando-se é meu conto de estreia na maior plataforma de livros do mundo!
Como você reagiria se sua forma de enxergar o bem e o mal não fossem exatamente aquilo que lhe disseram a vida toda?
Neste conto, o escritor Marcos Martins explora o imaginário humano do inferno de uma forma nunca vista.

Encontrando-se:
 Click na imagem e compre o livro


Sejam bem vindos ao meu mundo. Entrem sem bater!

domingo, 2 de abril de 2017

O tempo não é seu amigo



O tempo não é seu amigo


Minha filha completou mais um ano de vida no último dia 26 de março e vendo-a crescer, comecei a lembrar do tempo em que pensava, ingenuamente, que o tempo era meu amigo, que sua ampulheta era apenas imparcial e carrasca com os outros, nunca comigo.

Há algum tempo um amigo mandou pra mim o link do clipe da música Time do Pink Floyd e eu o agradeci por ter matado meu espírito juvenil com a tradução da letra. Eu já não era mais nenhum adolescente e todos, ou quase todos, meus desejos valiosos não haviam sido realizados e sabe por quê? Porque eu achava que o tempo era meu amigo. O tempo não foi nem amigo do Marty McFly Jr., que teve que correr contra o ele para poder voltar para o futuro dentro de seu delorean. Voltar para o futuro?

Para o finado físico Albert Einstein, passado, presente e futuro, independente da ordem com que escrevo nessas linhas, são apenas ilusões. Einstein chutou o pau da barraca com a criação de sua Teoria da Relatividade, se antes o tempo era medido no modelo criado por Isaac Newton, que a um tempão escreveu sobre o tempo “absoluto”, a física moderna enxerga por outro prisma tudo isso.

Sabem, mesmo que Einstein, não do cachorro de Doutor Brown, tenha escrito sua teoria cheia de números, ele esqueceu que na prática esses números nos afetam porque mesmo que toda essa coisa de tempo seja mera ilusão, minha filha continua crescendo e meus cabelos ficando cada vez mais ralos e grisalhos.

Quando eu tinha 10 anos de idade, achava que até chegar aos 20 seria um salto maior que o que Neo deu de um prédio para o outro em seu trinamente com Morpheus, hoje sei que esse salto não em tão complicado quanto pensei, e os edifícios vistos de perto não são tão distantes uns do outros como achei.       

Conversando com um amigo perguntei-o certa vez:

- Tony, você acha que envelhecemos por que as horas passam?
Ele não soube responder.   

Independente de o relógio marcar meio dia ou meia noite, vamos envelhecer. Se tudo fosse uma questão do tempo se importar, para enganá-lo bastaria adiantar os ponteiros do relógio. Se meu relógio estivesse 10 minutos atrasados em relação ao de quem está me lendo, eu seria 10 minutos mais jovem?

O tempo sendo ilusão ou não, não importa, pois o que importa é que sentimos seus efeitos. Olhamos-nos no espelho e as rugas, nossa íris, nos mostram que existe um passado contido em cada um de nós. Quanto a minha filha, vou deixá-la correr um pouco mais serelepe pela sala, mas quando chegar a hora vou lhe dizer: “Não adianta, meu amor, por mais que você corra nunca vai ultrapassar o tempo, então o use a seu favor, porque papai pode fazer tudo por você, menos girar o mundo ao contrário como o filho de Jor-El fez”.

Marcos Martins.       
     

               

domingo, 19 de março de 2017

Olá


Não me sinto satisfeito neste mundo de perfeitos
Marcos Martins  

Bom dia, boa tarde ou boa noite!

Devo me apresentar.

Chamo-me Marcos Martins, formado em jornalismo, escritor por vocação(ainda não remunerada diga-se de passagem) e poeta por natureza. Pátrio do Leão do Norte e assisto onde a pátria nasceu.     

Começo as atividades deste blog, que já venho postergando há muito anos luz, com uma crônica fresquinha, fresquinha - diferente de nossa carne. 

Aqui tentarei escrever tendo como base minha visão com meus óculos multifocais, grau 0,50 de astigmatismo, sempre de forma humorada ou não, vai depender de meu espírito e indignação que possa estar sentido.

Espero que gostem e que deem um feedback, que é uma palavra bonita e globalizada,mas que não muda em nada nossa realidade.      


Marcos Martins.     

A Matrix nossa de cada dia

  
O escritor americano de ficção cientifica Philiph K. Dick (dez 1928/ março 1982+) aproveitou uma palestra em uma convenção de ficção cientifica em Metz, na França, para fazer uma revelação bombástica. Dick abriu o jogo, chutou o pau do código fonte e disse na cara dura que vivíamos em uma realidade inventada. Na época ninguém acreditou no cara, era o ano de 1977, e mesmo que viagens à base de alucinógenos existissem ninguém em sã consciência acreditaria que vivia dentro de uma caverna Platônica.

E o Brasil o que é se não uma realidade inventada?

Com escândalos e mais escândalos povoando nossas vidas de pilhas para máquinas funcionarem e com esse escândalo fresquinho de nossa carne podre, tipo exportação, sendo comercializado mundo afora, apenas confirmar essa grande falácia que é o Brasil. O Brasil não é uma falácia? Eu provo que sim e de forma simples. Pegue nossa bandeira nacional. Agora leia o que está escrito nela. Provei ou não?

Somos o País do jeitinho e agora queremos expandir as fronteiras para que cada lar no mundo possa saborear esse jeitinho, que tem sabor de carne podre e papelão com molho de ácido ascórbico, com selo de qualidade internacional, não podemos esquecer.

Não somos mais o gigante adormecido, acordamos! Tá certo que o gigante acordou meio sonolento, foi até o banheiro de forma trôpega, urinou fora do vaso e agora está sentando em frente à TV assistindo futebol e esperando pelo almoço, que será um suculento bife à rolê. 

As gigantes JBS e BRF devem estar preocupadas, pois o carnaval já passou e a política do pão e circo não tem como ser empregada em nosso coliseu que é a Marques de Sapucaí, e a passarela Professor Darcy Ribeiro só volta a ser palco da maior festa do mundo no ano que vem. Só espero que no carnaval de 2018, ao invés de confete e serpentina, não joguem no povo brasileiro carne podre tipo exportação.      

Como disse uma vez um amigo meu: O Brazil (com z mesmo) é um País de todos nós, agora só falta desatarmos esses nós para que possamos crescer como nação.

Marcos Martins é jornalista, escritor e poeta, não necessariamente nesta ordem.