sábado, 20 de janeiro de 2018

Contemplando flores que morrem no vazio


Contemplando flores que morrem no vazio
(Marcos Martins)


às vezes é só um murro bem dado, desses que faz a gente sentir o gosto de zinco escorrer pela garganta e se alojar em algum canto do estômago que se tem vontade de dar;

às vezes é só vontade de matar, tendo como premissa um bem maior ou a voz divina ecoando em nossa cabeça dizendo que fomos escolhidos para varrer da face da Terra todo o mal que nela há – mas esquecendo o que nos habita;

ás vezes é apenas erro gramatical;

às vezes é a possibilidade do poder que nos motiva a ser;

às vezes, são palavras postas em linha reta, numa crescente suicida, até caírem no firmamento e serem esquecidas feito o jornal de ontem – quem se importa com o jornal de ontem?

às vezes é apenas medo;
às vezes é medo mesmo;
às vezes é só maldade;

ás vezes, sempre esse "ás vezes" a impossibilitar que o rumo das coisas façam verdadeiramente algum sentido;

às vezes, queria poder dizer com certeza que todos os meus passos fizeram e ainda fazem sentido;

às vezes, são apenas divagações nascidas embaixo de uma árvore que não dá frutos... às vezes... é... às vezes... é apenas poesia que não se explica, apenas isso. 

Fora do Paraíso

Conheça o universo do livro Fora do Paraíso, uma ficção científica recheada de muitos mistérios, aventuras e uma conspiração a ponto de fazer o leitor começar a questionar a realidade.
Apos ler Fora do Paraíso, você vai começar a pensar: - Até que ponto a membrana do real nos separa daquilo que achamos ser verdade.